Disciplina Curricular
Química Farmacêutica II QF-II
Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas - Despacho n.º 3790/2019
Contextos
Grupo: Despacho n.º 3790/2019 > 2º Ciclo > UCs Obrigatórias
Período:
Peso
7.0 (para cálculo da média)
Objectivos
Relativamente à Química Farmacêutica Orgânica no final da UC o aluno deve demonstrar capacidade para: - Prever e identificar produtos de degradação de fármacos. Explicar mecanisticamente as possíveis vias de degradação desses fármacos. Trabalhar dados cinéticos de reações químicas de maneira a determinar tempos de semivida de degradação e desenhar perfis de pH-velocidade, reconhecendo as zonas de maior ou menor estabilidade dos fármacos. - Nos grupos terapêuticos leccionados na UC: Relacionar a maior ou menor atividade dos fármacos com o tipo de interações estabelecidas com os respetivos alvos. Perceber os grupos substituintes que melhoram a relação estrutura atividade e porquê. - Relativamente à Química Farmacêutica Inorgânica deverá compreender os mecanismos químicos associados à atividade terapêutica ou à essencialidade de alguns elementos-chave da TP, bem como a toxicidade por estes apresentada.
Programa
A UC começa por introduzir alguns conceitos necessários ao estudo da estabilidade química de fármacos efetuado no processo de desenvolvimento: vias de degradação e cinética. Complementarmente são descritos alguns grupos terapêuticos (antivirais, antibacterianos e antimaláricos; analgésicos de ação central; adrenérgicos e anti-histamínicos; fármacos para algumas doenças neurodegenerativas e fármacos bioconjugados) apresentando os mecanismos moleculares de ação e dando ênfase às relações estrutura-atividade. Por fim, são estudados diversos elementos e compostos de natureza inorgânica e as suas interações com os sistemas biológicos: i) metais alcalinos/alcalino-terrosos na saúde e na doença; ii) papel do centro metálico na formação de complexos com implicações biológicas; iii) compostos inorgânicos usados em imagiologia e no tratamento do cancro. No ensino laboratorial são efetuadas sínteses e caraterização espectroscópica de compostos com atividade farmacológica, estudo da cinética de degradação de fármacos e o estudo monográfico completo de um composto inorgânico inscrito na Farmacopeia. No ensino prático são resolvidos exercícios relacionados com os temas das aulas teóricas.
Métodos de ensino e avaliação
A UC é composta por componente teórica, laboratorial e prática. Na componente teórica: os tópicos são apresentados em palestras. Na prática: no início do semestre é fornecido aos alunos um conjunto de problemas sobre os temas estudados nas aulas teóricas. Os alunos são aconselhados a resolver os exercícios em casa e durante as aulas são tiradas dúvidas sobre a resolução. No laboratório: são efetuadas sínteses de compostos com interesse terapêutico, reações de degradação de fármacos e estudo da cinética da reação. Os alunos preparam o trabalho em casa para depois executarem os trabalhos propostos. No caso das sínteses os compostos são identificados por técnicas espectrométricas. Por último, os alunos desenvolvem um estudo monográfico completo de um composto inorgânico inscrito na Farmacopeia Portuguesa. A avaliação da UC é feita através de um exame escrito ou 2 testes escritos complementares. Para realizar o segundo teste é necessário ter uma classificação superior a 9,5 no primeiro. Só são admitidos a exame ou ao 2º teste os estudantes com frequência à componente prática e laboratorial. Premeia-se a participação ativa nas aulas práticas. A avaliação da aquisição de competências técnicas laboratoriais é feita de forma contínua, tendo em conta a assiduidade e a preparação e execução dos trabalhos, ou por prova prática laboratorial, quando a avaliação continua não for possível. O resultado é expresso em aprovado ou reprovado. A reprovação na componente laboratorial equivale à não frequência destas aulas. O exame final e o 1º/2º teste escrito incluem questões relacionadas com as aulas de laboratório (20% da nota final)