Disciplina Curricular
Farmacoterapia de Não Prescrição FNPres
Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas - Despacho n.º 3790/2019
Contextos
Grupo: Despacho n.º 3790/2019 > 2º Ciclo > Opção III
Período:
Peso
3.0 (para cálculo da média)
Objectivos
O objetivo da unidade curricular “Farmacoterapia de não prescrição” é capacitar os estudantes para a indicação farmacêutica ou automedicação assistida, no exercício profissional em Farmácia Comunitária. Pretende-se que o aluno, interpretando o papel de farmacêutico (Role Playing Simulation), desenvolva competências para a interação clínica relacionada com a utilização de medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) e resolva as situações passíveis de automedicação, integrando os conhecimentos específicos sobre respetivas afeções com a sua aptidão comunicacional. No final, o aluno deverá estar apto a realizar atendimentos em indicação farmacêutica ou automedicação assistida, demonstrando, conhecimentos e competências, clínicas e comunicacionais que permitam: • Acolher adequadamente o utente • Avaliar adequadamente a solicitação ou condição de saúde apresentadas • Selecionar a terapêutica mais adequada ao caso e/ou fazer a referenciação adequada a outro profissional de saúde • Aconselhar adequadamente o utente, garantindo a utilização correta, efetiva e segura da terapêutica farmacológica e recomendando a adoção de medidas não farmacológicas • Seguir do doente em relação à evolução da condição de saúde e à utilização da terapêutica farmacológica no contexto da efetividade e segurança
Programa
Planeamento UC FNP 2023-2024 / UC FNP 2023-2024 Planning Ensino teórico Os conteúdos programáticos contextualizam inicialmente o enquadramento legal dos medicamentos não sujeitos a receita médica e faz abordagem geral a sistemáticas de atendimento, aprofundando uma metodologia especifica, seguindo-se posteriormente a abordagem estruturada, discussão e resolução de casos sobre diferentes afeções passíveis de automedicação incluídas no Despacho nº 17690/2007 de 23 Julho (que revoga o anexo do despacho nº 2245/2003, de 16 de janeiro). 1. Enquadramento legislativo dos MNSRM a. Abordagem à regulamentação em vigor relacionada com MNSRM e MNSRM-EF b. Conceitos de automedicação e Indicação farmacêutica. 2. Atendimento em MNSRM a. Breve abordagem ao atendimento na farmácia b. Componentes do atendimento c. Componente interpessoal d. Tipologia de abordagens dos utentes e. Componente técnica: Normas, sistemáticas de atendimento /protocolos f. Sistemática 4Choice 4’As 3. Febre e dor a. Febre no adulto e na criança b. Cefaleias c. Dor musculo esquelética d. Dor osteoarticular 4. Afeções das vias respiratórias superiores a. Odinofagia; Faringite; Amigdalite b. Rinite alérgica: rinorreia e congestão nasal c. Tosse d. Resfriado, Gripe e Covid-19 5. Afeções do aparelho digestivo a. Dispepsia; flatulência b. Obstipação e diarreia c. Afeções ano retais 6. Vascular a. Doença venosa crónica 7. Saúde no feminino a. Dismenorreia primaria b. Candidíase vulvovaginal c. COE 8. Afeções dermatológicas a. Herpes simplex b. Dermatites: atópica; de contacto, seborreica; da fralda c. Picada de insetos d. Infeções fúngicas: cabeça, pele glabra, pés, onicomicose Ensino prático A. Role Playing Simulation a. Febre e dor b. Afeções das vias respiratórias superiores c. Sistema digestivo d. Doença venosa crónica e. Saúde no feminino f. Sistema dermatológico A UC FNP prevê uma carga horária de 3 horas semanais repartidas por 2 h de ensino teórico e 1 h de ensino prático. Nas 11 aulas teóricas previstas serão abordados inicialmente os aspetos legais e regulamentares relacionados com os MNSRM e MNSRM-EF e os conceitos de indicação farmacêutica e automedicação, o conceito e exigências do atendimento na farmácia comunitária e uma sistemática de atendimento em MNSRM, ao que se segue a abordagem às situações passiveis de automedicação (Despacho 17690/2007 de 23 de julho), mais comumente apresentadas na farmácia comunitária. As aulas teóricas seguem a metodologia pedagógica de desenho invertido flipped-class room. Em cada semana são libertados, na plataforma e-learning (Moodle), conteúdos pedagógicos de suporte à aula da semana seguinte, sendo expectável que o aluno os utilize em autoestudo. Posteriormente, em sala na aula teórica e em grupo, são resolvidos vários casos clínicos relacionados com o(s) tema(s) disponibilizado(s), utilizando-se para o efeito uma plataforma digital (Mentimeter) que intensifica a participação dos alunos na resolução dos casos. Nas 8 aulas práticas previstas, recorre-se à metodologia de role-play, os alunos simulam o papel de farmacêuticos comunitários respondendo à demanda do utente, relacionadas com situações passiveis de automedicação. Cada aluno realiza duas simulações. Em cada aula, os estudantes são colocados face a face com a interpretação de papéis em situações simuladas (Role Playing Simulation), fazem a autoavaliação e recebem feedback do seu desempenho, quer dos colegas quer do docente. As aulas decorrem com suporte informático e em ambiente que simula a área de atendimento ao público numa farmácia comunitária.
Métodos de ensino e avaliação
A avaliação da componente teórica concretiza-se mediante a realização de: • 2 frequências ao longo do semestre ou exame final A avaliação da componente prática inclui três elementos: • Assiduidade - 10% • 1º role play | autoscopia - 30% • 2º role play | desempenho clínico e comunicacional - 60% A nota final é obtida a partir do resultado agregado das componentes teórica e prática na ponderação de 50% cada.