Aula 14: Mecanismos de transporte vesicular: biogénese dos lisossomas

15 Novembro 2017, 14:00 Elsa Maria Ribeiro dos Santos Anes

Mecanismos de transporte vesicular: biogénese dos lisossomas 

Formação do lisossoma. Corpos onde ocorre digestão enzimática descobertos por Christian Duve.

São formados pelas vesículas que saem do Golgi e também por vesículas que interceptam as vias endocíticas. As vesículas do TGN fundem com endossamos tardios. O pH de 5,5 liberta a carga do receptor. O receptor é reciclado de volta ao TGN.
Características: conceito de lisossoma primário como organelo de armazenamento de enzimas hidrolíitcos na forma inactiva. Pequenos microcorpos extremamente densos à passagem de electrões em ME que se distribuem por todo o citosol. Conceito de lisossoma secundário como organelo onde ocorre a digestão enzimática. Microdomínios citoplasmáticos: os lisossomas secundários localizam-se na região perinuclear para serem funcionais.
A pH 4,5 as enzimas lisossomais não são activas: este pH existe no lisossomas 1º para armazenagem. Papel da LAMP1 (lysosomal associated membrane protein) para agregar/empacotar estas enzimas contra a membrana contribuindo para a sua inactivação.
Conceito de lisossoma secundario e corpos multivesiculares. Parte destes MVB funcionam como endossoma tardio ou seja  locais de domínio de transição para entrega de carga para o Golgi, para entregado carga no citosol ou para uma zona híbrida onde ocorre fusão com lisossoma 1º para se dar a digestão. Neste subdomínio dos MVB a subida do pH para 5,5 activa descompactação as enzimas do LAMP e a subida do pH torna as enzimas activas. As LAMP são também fundamentais para transporte e empacotamento de enzimas destinadas aos lisossomas primários: (1) a partir destes subdomínios do endossoma tardio/lisossoma 2º ou (2) no transporte das enzimas que chegam do Golgi para serem armazenadas em lisossomas 1ºs. Noção de reciclagem de enzimas lisossomais de volta ao lisossoma 1º a partir do organelo de digestão.
Mutações em enzimas ou no transporte leva a doenças de armazenamento lisossomais.
Endereçamento de proteínas disfuncionais no citoplasma ou associadas a vesículas para destruição no lisossoma. 1) Intercepção com macroautofagia, microautofagia e autofagia mediada por chaperões. 2) Intercepção com sistema ESCRT e adição de monoubiquitinação.
Endereçamento de carga de corpos multivesiculares para o exterior da célula: conceito de exossomas (exocitose parte 2)Endereçamento de carga de vesículas internas dos MVB para o citosol e libertação para o exterior: conceito de ectossomas (exocitose parte 3).Relevância na comunicação entre células. Relevância na secreção de enzimas remodeladoras da matriz extracelular.