Sumários

11ª Aula Prática - Caso clínico (Artrite Reumatóide)

6 Dezembro 2018, 16:30 Maria de Fátima Pinela da Silva Mousinho de Palhares Falcão

Foi analisada e discutida a situação clínica de JSS, 35 anos, sexo feminino, casada, mãe de 2 filhos saudáveis, natural de Coimbra e residente nos arredores de Lisboa onde mora numa vivenda. Trabalha a partir de casa (  web designer). Desde há 3/4 meses dor nos dedos das mãos e pulsos, que desvalorizou. No entanto, desde há cerca de dois meses refere também rigidez matinal que a impede de fazer jardinagem, o seu hobby favorito, pelo que recorre ao seu médico de família.. Dificuldade em executar movimentos finos. Antecedentes de asma. Sem alergias medicamentosas conhecidas. Nega hábitos toxicofílicos Medicação habitual: salbutamol inalador em SOS.À observação:

Tumefacção  e dor de ambos os pulsos e algumas articulações dos dedos, mas sem deformação. Sem nódulos ou vasculite.

Prescreve-se  paracetamol 500mg 3x/dia e omeprazol 20mg/dia e marcam-se análises, ecografia dos punhos e consulta para daí a 1 mês.

Foi analisada a terapêutica proposta. Ecografia posterior revelou sinovite franca dos 2 punhos e tenossinovite dos extensores. Desde que iniciou o paracetamol, a doente notou alguma melhoria na dor das mãos, mas sem qualquer efeito a nível da tumefacção.À observação ambos os pulsos, bem como a articulação interfalangeal proximal de D4 da mão esquerda, estavam tumefactos e dolorosos, mas não deformados. Laboratorialmente, a doente tem alteração dos valores de VS (23mm/h), leucograma normal, contagem de plaquetas normal, FR positivo em baixo título, Ac. Anti-CCP negativo. É-lhe feito o diagnóstico de Artrite Reumatóide. Função renal e hepática normais. Foram utilizados os critérios de classificação da EULAR/AR e calculado o score desta doente. É-lhe prescrito metotrexato sol inj ser pré-cheia (Metex® 50 mg/ml solução injectável) em dose de 7,5mg/semana + ác. fólico 5mg/semana + prednisolona 5mg/dia + naproxeno 500mg 2x/dia SOS, e marcada consulta para daí a dois meses. Deverá fazer análises uns dias antes. Explica-se à doente que deverá aumentar a dose de metotrexato em 2,5mg por semana até à dose de 15mg que deverá manter até à data da consulta. Esta prescrição foi validada, identificado o motivo da prescrição de ácido fólico e quais os parâmetros laboratoriais a monitorizar.Doente muito queixosa com agravamento das queixas articulares.  Ainda só aumentou 2,5mg em relação à dose de MTX inicial, mas recusa-se a continuar este fármaco que lhe provoca náuseas “tão fortes que não consegue sair da cama de manhã”. Foi discutido como actuar face à RAM reportada pela doente. Pára MTX e ác. fólico e inicia hidroxicloroquina 400mg/dia e sulfassalazina 2g/dia.  Mantém prednisolona e naproxeno (SOS). Nova consulta daí a 2 meses. Análises. Posteriormente doente muito queixosa. Novamente com muitas queixas articulares (desde há 2/3 semanas) maioritariamente nas mãos, mas que afectam também os pés e joelhos. Sente-se extremamente cansada. Faz análises de urgência que detectam anti-CCP positivo. Parâmetros de fase aguda (PCR e VS) aumentados. Anemia (Hb 11,1g/dL), faz Rx às mãos que revelam ligeira erosão óssea a nível da cabeça do metacarpo. Preencheu o inquérito HAQ que revelou aumento>0,22 quando comparado com o que tinha preenchido a 13.01. Nº de articulações tumefactas – 6Nº de articulações dolorosas – 5. Avaliação global da doente – 75mm. PCR – 4,3mg/L. Iinicia terapêutica biológica com tocilizumab. Foi identificada a informação a transmitir ao doente e que documentos são necessários na 1ª dispensa.


11ª Aula Prática - Caso clínico (Artrite Reumatóide)

4 Dezembro 2018, 17:00 Maria de Fátima Pinela da Silva Mousinho de Palhares Falcão

Foi analisada e discutida a situação clínica de JSS, 35 anos, sexo feminino, casada, mãe de 2 filhos saudáveis, natural de Coimbra e residente nos arredores de Lisboa onde mora numa vivenda. Trabalha a partir de casa ( web designer). Desde há 3/4 meses dor nos dedos das mãos e pulsos, que desvalorizou. No entanto, desde há cerca de dois meses refere também rigidez matinal que a impede de fazer jardinagem, o seu hobby favorito, pelo que recorre ao seu médico de família.. Dificuldade em executar movimentos finos. Antecedentes de asma. Sem alergias medicamentosas conhecidas. Nega hábitos toxicofílicos Medicação habitual: salbutamol inalador em SOS.À observação:

Tumefacção  e dor de ambos os pulsos e algumas articulações dos dedos, mas sem deformação. Sem nódulos ou vasculite.

Prescreve-se  paracetamol 500mg 3x/dia e omeprazol 20mg/dia e marcam-se análises, ecografia dos punhos e consulta para daí a 1 mês.

Foi analisada a terapêutica proposta. Ecografia posterior revelou sinovite franca dos 2 punhos e tenossinovite dos extensores. Desde que iniciou o paracetamol, a doente notou alguma melhoria na dor das mãos, mas sem qualquer efeito a nível da tumefacção.À observação ambos os pulsos, bem como a articulação interfalangeal proximal de D4 da mão esquerda, estavam tumefactos e dolorosos, mas não deformados. Laboratorialmente, a doente tem alteração dos valores de VS (23mm/h), leucograma normal, contagem de plaquetas normal, FR positivo em baixo título, Ac. Anti-CCP negativo. É-lhe feito o diagnóstico de Artrite Reumatóide. Função renal e hepática normais. Foram utilizados os critérios de classificação da EULAR/AR e calculado o score desta doente. É-lhe prescrito metotrexato sol inj ser pré-cheia (Metex® 50 mg/ml solução injectável) em dose de 7,5mg/semana + ác. fólico 5mg/semana + prednisolona 5mg/dia + naproxeno 500mg 2x/dia SOS, e marcada consulta para daí a dois meses. Deverá fazer análises uns dias antes. Explica-se à doente que deverá aumentar a dose de metotrexato em 2,5mg por semana até à dose de 15mg que deverá manter até à data da consulta. Esta prescrição foi validada, identificado o motivo da prescrição de ácido fólico e quais os parâmetros laboratoriais a monitorizar.Doente muito queixosa com agravamento das queixas articulares.  Ainda só aumentou 2,5mg em relação à dose de MTX inicial, mas recusa-se a continuar este fármaco que lhe provoca náuseas “tão fortes que não consegue sair da cama de manhã”. Foi discutido como actuar face à RAM reportada pela doente. Pára MTX e ác. fólico e inicia hidroxicloroquina 400mg/dia e sulfassalazina 2g/dia.  Mantém prednisolona e naproxeno (SOS). Nova consulta daí a 2 meses. Análises. Posteriormente doente muito queixosa. Novamente com muitas queixas articulares (desde há 2/3 semanas) maioritariamente nas mãos, mas que afectam também os pés e joelhos. Sente-se extremamente cansada. Faz análises de urgência que detectam anti-CCP positivo. Parâmetros de fase aguda (PCR e VS) aumentados. Anemia (Hb 11,1g/dL), faz Rx às mãos que revelam ligeira erosão óssea a nível da cabeça do metacarpo. Preencheu o inquérito HAQ que revelou aumento>0,22 quando comparado com o que tinha preenchido a 13.01. Nº de articulações tumefactas – 6Nº de articulações dolorosas – 5. Avaliação global da doente – 75mm. PCR – 4,3mg/L. Iinicia terapêutica biológica com tocilizumab. Foi identificada a informação a transmitir ao doente e que documentos são necessários na 1ª dispensa.


11ª Aula Teórica - Acompanhamento de doentes em Ambulatório Hospitalar (AR)

4 Dezembro 2018, 16:00 Maria de Fátima Pinela da Silva Mousinho de Palhares Falcão

Artrite reumatóide. Fisiopatologia. Epidemiologia. Etiologia: Sintomas. Classificação. DAS28. Índices de Actividade do American College of Rheumathology. Funções do Farmacêutico no Ambulatório Hospitalar. Terapêutica (AINEs, corticosteroides, csDMARDS, tsDMARDS, bDMARDS. Eficácia e Segurança. Anti-IL-1, abatacept, Anti-CD20, Anti-IL-6. Biossimilares. EMA Information Guide. Orientações da CNFT. Circular Normativa Conjunta INFARMED /ACSS. Recomendações Terapêuticas (EULAR). Registo Mínimo. Portaria 48/2016. Termo de Responsabilidade. Condições de Transporte.


10ª Aula Prática - Caso clínico (mieloma múltiplo)

29 Novembro 2018, 16:30 Maria de Fátima Pinela da Silva Mousinho de Palhares Falcão

Foi analisado e discutido o caso de um doente que em 03/07/2018 vem ao Serviço de Urgência por queda da própria altura. Refere história de dores músculo-esqueléticas generalizadas, astenia e perda ponderal, medicada com anti-inflamatórios não esteróides. O TC revela lesão lítica óssea, com componente de partes moles, parietal anterior, à esquerda, com cerca de 17 mm de maior eixo, com abaulamento intracraniano da dura, mas sem evidente componente intracraniano, sem moldagem do parênquima cerebral. Traduz muito provavelmente uma metástase óssea, sem inequívoco componente dural. Sem outras alterações valorizáveis, anomalias da morfologia ou estrutura do parênquima encefálico. Sem desvios posicionais das estruturas da linha média nem efeitos de massa localizados. Cavidades ventriculares e espaço sub-aracnoideu permeáveis. Admitimos outra lesão lítica óssea metastática na parede posterior do seio esfenoidal esquerdo, fazendo procidência para o respectivo seio. O doente é diagnosticado com mieloma múltiplo cadeias leves Lambda,   de novo e proposto para para tratamento com o protocolo VCD. Foi discutido o circuito de aprovação, calculadas as doses para cada um dos fármacos e as profilaxias necessárias.


10ª Aula Prática - Caso clínico (mieloma múltiplo)

27 Novembro 2018, 17:00 Maria de Fátima Pinela da Silva Mousinho de Palhares Falcão

Foi analisado e discutido o caso de um doente que em 03/07/2018 vem ao Serviço de Urgência por queda da própria altura. Refere história de dores músculo-esqueléticas generalizadas, astenia e perda ponderal, medicada com anti-inflamatórios não esteróides. O TC revela lesão lítica óssea, com componente de partes moles, parietal anterior, à esquerda, com cerca de 17 mm de maior eixo, com abaulamento intracraniano da dura, mas sem evidente componente intracraniano, sem moldagem do parênquima cerebral. Traduz muito provavelmente uma metástase óssea, sem inequívoco componente dural. Sem outras alterações valorizáveis, anomalias da morfologia ou estrutura do parênquima encefálico. Sem desvios posicionais das estruturas da linha média nem efeitos de massa localizados. Cavidades ventriculares e espaço sub-aracnoideu permeáveis. Admitimos outra lesão lítica óssea metastática na parede posterior do seio esfenoidal esquerdo, fazendo procidência para o respectivo seio. O doente é diagnosticado com mieloma múltiplo cadeias leves Lambda,  de novo e proposto para para tratamento com o protocolo VCD. Foi discutido o circuito de aprovação, calculadas as doses para cada um dos fármacos e as profilaxias necessárias.